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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Viajar Coimbra, a bela (apesar dos seus monstros)


No regresso de viagens (dos outros, porque as minhas são poucas) o comentário invariável é sempre o espanto perante tanta beleza encontrada fora de fronteiras, o desenvolvimento, a diferença…Não consigo deixar de me espantar com tanto espanto até porque, no decurso da visualização da reportagem fotográfica, o meu espanto vai-se reforçando…não com a “tamanha beleza” do que por lá se viu e conheceu mas porque a “tamanha beleza” simplesmente não me gera espanto.

Conheço, de norte a sul, alguns lugares do nosso país. Paisagens urbanas, paisagens rurais, praias, campo, montanhas e verdes, montanhas com mais pedras que verdes, rios e riachos, centros comerciais, lojas e lojinhas, restaurantes, tascas, comidas tradicionais, petiscos, estradas e caminhos de ligar só aqui e ali…coisa pouca! Viajo pouco…mas consumo e assimilo tudo, cada pedacinho por onde passo e volto a passar, cada novo chão que calco, cada paisagem nova onde estou. E, não, não sou uma nacionalista convicta, não penso que em Portugal é que é bom, que somos os melhores…Nada disso. Em muitas coisas, somos até os piores mas não é disso que me apetece contar ou opinar.

Hoje apetece-me contar da cidade onde vivo. Observo Coimbra e esta cidade (enquanto paisagem) não deixa de me surpreender sempre que a olho e a passeio. E espanto-me, sim, esta sua beleza causa-me espanto. E não preciso apanhar o avião, basta-me sair de casa, estacionar o carro e percorre-la a pé. Sabe bem subir a couraça, a de lisboa, ir olhando o rio, tão bem acompanhado, agora, pelo parque verde, ir subindo, ir revendo referências de outos tempos e ir tendo emoções destes tempos. Passar na josé falcão, rua que foi minha e que agora não é de ninguém porque não tem (quase) ninguém…subir mais um pouco e passear (agora) a universidade que, agora, me parece outra…naquela altura não havia carros, era só rua, só passeios, só ar, só estudantes, só residentes...algum silêncio! Descer até ao machado de castro, renovado e bem enquadrado nos lugares velhos, o terraço, olhar e ver até a vista alcançar. Voltar a descer e caminhar a sé velha, descer a quebra costas, ver como paredes renovadas albergam tantas outras coisas, coisas que tentam ser novas, ser dos novos tempos…o arco de almedina, sons que se soltam, ouve-se coimbra…os turistas, eu também, que olham, os quiosques, as livrarias, as lojas de lembranças, uma casa de fado, varandas com design, esplanadas, chapéus “de chuva” que ninguém segura e não aparam água mas que nos param a nós, os turistas, eu também. E chego à baixa. Que bonita está, e tem vida, gente que se sente que anda bem por ali andar, eu também.

Por hoje, deste passeio ficam apenas ténues referências a alguns dos seus monstros. Hoje venceu a bela!
 
Regresso ao carro. Neste pequeno passeio, viajei cá dentro e por dentro, fui turista na cidade onde vivo, cidade em que continuo a descobrir beleza passados mais de 30 anos …e só gastei 0,50€ (custo do estacionamento).






 

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