Põe quanto és no mínimo que fazes

historiarimagens@gmail.com

https://www.facebook.com/historiarimagens

www.instagram.com/historiar_imagens/


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Porquê historiar imagens


… a propósito de alguém que questionou…as pessoas raramente questionam, a maior parte lê e ouve “histórias de imagens”, é preciso repetir algumas vezes para que ouçam…mas nem sei se percebem…

Historiar Imagens começou por ser só um Blogue. Foi o nome que me surgiu para designar uma ideia, ou um conceito (dinâmico ou sempre em aberto), que reunisse tudo aquilo que me estimula na vida – os livros e as imagens. Se, em caso de algum incidente na minha casa, tivesse que salvar matéria, as primeiras coisas seriam as fotografias e depois os livros. Não tenho as fotos em molduras preciosas nem os livros em encadernações nobres… Seria pelas emoções e pelas histórias que carregam. As fotografias porque o registo de acontecimentos passados não seria recuperável. Quantas histórias transportam! Há lá delícia maior que desfolhar um álbum ou remexer numa caixa…sim, fotos em papel, não no PC! Basta uma, uma só é suficiente para que se desenrole uma história… logo surge outra e mais outra…

(e porque já se somam algumas linhas e palavras ainda mais…e imagens…nada!…resolvi ir semeando este meu texto com algumas das imagens que fui captando e que me serviram de estímulo à criação do Blogue).


Ah mas os livros podem sempre repor-se…ainda que a mesma história e do mesmo autor, a história já não seria a mesma. Aqueles livros passaram a ser meus, são os meus livros, passaram a ter gravados em si outras histórias…se fui eu que os comprei, em que livraria ou em que feira, em que data, se o li logo ou passados meses ou anos, se o li mais que uma vez, se fiz alguma anotação; ou se foi oferta, de quem, em que contexto, se tem dedicatória; ou se foi comprado em companhia, de quem, onde, que discussões gerou; se alguma vez os partilhei ou aconselhei…

Mas retomando a questão, quando criei o Blogue estava tão longe de pensar que viria a fazer uso da criatividade para “vender produtos da minha imaginação”. Nunca! É certo que sempre tive uma necessidade compulsiva de arranjar formas de materializar emoções…mas daí a participar em eventos, mostrar e colocar sob a apreciação dos outros aquilo que faço…Hoje pergunto a mim mesma o que andei a fazer estes anos todos embora continue a não me ser fácil a parte em que tenho que (me) expor…


A dúvida surgiu…e agora que nome dar ao projecto criativo? A decisão não foi fácil…até porque ao pensar em adoptar o nome do Blogue me parecia que não teria adequação e, por outro lado, parecia-me ser uma designação demasiado grande…Por fim venceu a emoção…fica Historiar Imagens. E porque não? As imagens vão ser a base da criação, sempre agregadas a uma ideia ou um conceito, com a finalidade (ou o desejo) de despertar estímulos nos outros…e depois não deixa de ser uma designação fora do comum…que precisa de ser explorada…


As histórias só se contam por palavras e nos livros? Também. Quando crio uma ilustração ou uma construção abstrata em que só a forma e a cor me estimulam, quero transmitir emoções, quero despertar dúvidas em quem as olha e quero ouvir o que o outro vê, quero perceber se vemos o mesmo ou se consigo ver também o que o outro me diz que vê, quero sentir se o outro tem abertura e disponibilidade para que eu lhe conte o que ele não vê…por vezes estas partilhas só não são chamadas de histórias porque não passaram a ser palavras em papel nem chegaram ao domínio público mas, para mim, serão sempre histórias que poderão servir de estímulo para novas criações que darão origem a novas conversas e novas partilhas…são estes elos infindos que me interessam!


Por outro lado este processo que iniciei é um percurso que ainda está numa fase muito embrionária, ou em período de incubação. Tenho ideias que fervilham e que quero materializar mas para as concretizar tenho (e quero) ainda muito para aprender; quero descobrir, quero conhecer, quero partilhar…quando o momento chegar talvez os outros consigam perceber porquê Historiar Imagens

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

As séries da RTP 2

Não sou viciada em Televisão…mas sou viciada em séries não só porque adoro histórias mas porque adoro gerir a contradição entre o consumo gradual (quase gota a gota) e a ânsia de rever o próximo episódio. E só acompanho as séries da RTP 2 porque, não, não sou consumidora de canais pagos e porque, sim, existem outras coisas nas quais gosto de despender o meu tempo…
Há uns tempos atrás tínhamos cinco séries por semana, de segunda a sexta-feira, ou seja, cinco histórias diferentes das quais só podíamos saber o desenrolar passada uma semana. Foi neste formato que segui histórias que me seguirão pela vida…Os Sopranos, Sete Palmos de Terra, Irmãos e Irmãs, Dexter, Erva, No Limite…

Actualmente, temos a mesma série a desenvolver-se diariamente…e foi neste formato que descobri novas produções… menos Hollywood, actores desconhecidos (é bom porque consigo desligar em absoluto o intérprete da personagem), temas e argumentos muito, muito interessantes e bastante actuais.

A descoberta das produções dinamarquesas foi uma autêntica surpresa, algo do género primeiro estranha-se depois entranha-se. Comecei por ouvir as primeiras referências relativamente à série Borgen (a política - os interesses e jogos de poder)…não segui desde o início mas foi o suficiente para ficar fã.


Também da Dinamarca, A Herança relata um drama familiar em que a morte da matriarca vem a revelar segredos que abalam a (normal) partilha de bens e trazem para a família novos membros o que obriga a repensar todo um plano que aparentemente seria fácil de implementar...




A Fraude, a decorrer actualmente (2ª temporada), é sobre o crime económico e a ganância do ser humano para quem tudo vale (mesmo a morte) quando se trata de perseguir o poder e o dinheiro.



Muito bom de ver, não só pelos argumentos e excelentes actores mas também para vermos as (grandes) diferenças entre a sociedade nórdica e a nossa, sobretudo ao nível das relações humanas mas também em termos de paisagem (natural e construída e, claro, ao nível da decoração de interiores…fabuloso!).

As produções francesas, que nem todos apreciam (pena!), e pelas quais já tinha algum apelo, também têm estado bem representadas. Adoro a forma “limpa” e fortemente emocional de nos contarem histórias simples, e por vezes banais…
Passou há tempos Uma aldeia francesa que retrata o quotidiano de uma aldeia francesa durante a ocupação nazi na 2ª Grande Guerra. A ascensão e queda das relações sentimentais e das relações de poder à medida que a Guerra se desenrola…Muita emoção, excelente argumento e excelentes actores capazes de nos gerar sentimentos muito contraditórios…



Actualmente, em reposição, aos Domingos à noite, Os homens da Fé  relata a vida e as motivações de 5 seminaristas de origens completamente distintas; acompanha as suas dúvidas e a sua evolução na vida eclesiástica ao mesmo tempo que vamos conhecendo o dia-a-dia de um Seminário, a luta pelo poder no Vaticano e nas entidades intermédias e o modo como vão gerindo as motivações estritamente pessoais com as religiosas…Muito bom!



Com temática bastante actual, Le Bureau des Légend (título em português, Agência clandestina) passou recentemente. O mundo da espionagem, as falsas identidades, as jogadas de bastidores levadas a cabo pelos serviços secretos, a angariação de informadores a nível internacional, os jogos psicológicos, o terrorismo, a interligação entre aquilo que o mundo nos dá a conhecer e aquilo que realmente acontece. Argumento genial, excelentes actores!



Em castelhano, Príncipe, aliou amor, terrorismo e tráfico de droga a um ritmo alucinante. O centro da acção decorre no bairro El Príncipe em Ceuta. Oportunidade para seguirmos temas contemporâneos em cenários, e com actores, a que não estamos habituados.



De Itália, passou há meses atrás Gomorra. Retrata de forma dura e brutal a vida de uma família da camorra napolitana. Traição e ajuste de contas não só no seio dos negócios mas também no seio familiar…de cortar a respiração!


Provavelmente estarei a falhar a referência a alguma...se assim for não faltará oportunidade para actualização!

sábado, 17 de dezembro de 2016

Mercado no Café...dia bom!

Frio, tanto frio! Mas bom, muito bom este dia na esplanada do Café Santa Cruz.
Sempre bem recebidos pela organização e por todos quantos trabalham no café. A eles um agradecimento muito especial. Bons colegas, também, sempre solidários e com quem é sempre bom conviver. E ,claro, como sempre, um reconhecimento cheio de emoção aos que olharam o meu projecto e se interessaram. 
Sempre bom participar, oportunidade para trocas e partilhas que só acontecem  em eventos desta natureza.



domingo, 11 de dezembro de 2016

A Feira de Natal na baixa de Coimbra

Dia lindo! Sem chuva, com sol, animação de rua - a rua com vida a convidar as pessoas a tirarem partido da vida ao ar livre...muito bom! 
Grata a todos em especial a quem se interessou pelas minhas pequenas histórias...e que façam felizes a quem as tiver em mãos.




 

                                           Feliz Natal

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Feira de Artesanato Urbano de Coimbra

No próximo Sábado, em época de Natal...e de chuva! Será que teremos oportunidade para mostrar as novidades? Seria bom um dia como o de ontem, cheio de sol...quero mesmo um dia com muito sol para que todos saiam à rua e nos vão visitar!
Até já...


sábado, 3 de dezembro de 2016

Colecção Love Cats

Nova composição, desta vez um duplo cartão, em fundo branco e em fundo preto. Para descobrir é só abrir. 
Venha conhecer na próxima Feira de Artesanato Urbano de Coimbra.



Aprender de forma divertida

As letras, os números, as formas e as cores num livro Pop Up para os mais pequenos.






Despertou o interesse da Joana e do Diogo e está agora nas suas mãos. Espero que desperte também o interesse da criança e que a faça feliz. Grata pela preferência.

Celebrar a nossa cultura, os nossos símbolos

O nosso nome maior da poesia, o multifacetado Fernando Pessoa




Os nossos azulejos que embelezam as nossas construções
Em cartões Pop Up interactivos, em fundo branco ou em fundo preto





Celebrar o amor e a amizade

Cartões carregados de emoção...o que estará dentro do envelope?

        

Celebrar o Natal





sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A mim, que também mereço


Criei este Blogue para publicar coisas de que gosto, sejam elas quais forem. É também a (única) forma que utilizo para ir divulgando o meu trabalho para além das presenças nas Feiras de Artesanato Urbano de Coimbra e no Mercado no Café (Santa Cruz, também em Coimbra).
Tenho também dedicado algum deste espaço ao trabalho de outros criadores. Hoje dedico este espaço a mim, ao meu trabalho…


…a maior parte começa aqui, no computador. Design gráfico, sobretudo utilizando o Illustrator (Adobe). Mas antes de aqui chegar houve um caminho a percorrer. Durante meses, três vezes por semana, três horas por noite, depois de oito horas de trabalho diário (porque não vivo disto) houve espaço, e sobretudo motivação, para aprender. Nada fácil, muito intensivo! Três ferramentas completamente novas para mim – Photoshop, Illustrator e InDesign. Das duas últimas nem nunca tinha ouvido falar e quanto ao Photoshop só uma vaga ideia a propósito de  “melhorar o aspecto das pessoas nas fotos…”. Só a enorme motivação me manteve até ao fim. Estas formações estão sobretudo delineadas para os jovens formandos de agora – eram sobretudo recém licenciados na área do design, marketing e publicidade que procuravam uma pós formação, essencialmente prática, para complementarem os seus cursos. Estes jovens já nascem com o chip das novas tecnologias e o ritmo das formações é feito à sua medida! Ora eu nesta área era uma autodidacta – formação 0! Assim, para acompanhar os conteúdos tinha que me esforçar duas ou três vezes mais! Nos dias em que não havia aulas, treinava o que tinha aprendido nas anteriores para que nas seguintes pudesse colocar as dúvidas. Ainda assim, tive que recorrer a dias de férias para conseguir consolidar tudo o que queria assimilar. As semanas foram passando, até me aperceber que tinha que fazer uma opção…Como tinha bem presente o tipo de trabalho que queria desenvolver, optei por me concentrar somente nas técnicas que iria aplicar…era de todo impossível querer chegar ao fim a saber tudo! Foi a melhor opção!

Depois desta aprendizagem outras vieram, na área da encadernação e das construções em papel. Mais algumas noites e fins-de-semana dedicados ao enriquecimento que só o conhecimento nos pode dar. As partilhas que estabelecemos nestas andanças, através das gentes e dos projectos que conhecemos são ganhos maiores que igualmente nos enriquecem.

Se o que sabia anteriormente me permitia fazer o que faço hoje!? Hoje consigo materializar o que imagino…embora já outras aprendizagens me mordisquem por dentro! Quem me dera com vinte anos nos tempos de hoje, com tanta tecnologia, tanta ferramenta, tanta criatividade…Quando penso que estamos em contagem decrescente só lamento não poder vir a conhecer tudo o que de novo se vai inventar e criar!

Mas enquanto é presente, embora lá criar e desenvolver…E a maior parte começa aqui…


As formas geométricas e a cor, sobretudo o preto e branco, o vermelho e o amarelo. Todas as minhas ilustrações e construções têm por base estas duas componentes. Há quem não perceba, há quem identifique e se identifique, há quem não valorize, há quem goste…aceito e compreendo. Sei que não há unanimidade quanto se trata de Criar. Mas não são estas questões que me fazem dedicar hoje este espaço a mim mesma mas sim o Trabalho. 



...e continua aqui, com trabalho manual. Ou é aqui mesmo que se inicia...depende da motivação e da inspiração.



Por trás de objetos simples, como um bloco de notas ou uma sebenta estão horas de trabalho – criar a ilustração, cortar as capas, dobrar o papel, coser as folhas leva tempo! 



Materializar um cartão Pop Up implica planificar uma ideia, testar a construção (cortar e estragar papel)…horas, muitas horas! E os quilómetros que se fazem à procura dos materiais e ferramentas para desenvolver uma ideia…e quando os materiais que utilizávamos já não se encontram…tempo, muito tempo, alguma desilusão também!




As embalagens, despojadas, são feitas manualmente, com papel reciclado, de aspeto tosco, sem utilização de colas, somente com recurso a dobragem e fio de vela.


 O valor monetário que atribuo aos meus produtos não reflectem o investimento que fiz em formação, o valor de deslocações nem as horas despendidas na materialização. Procuro que seja um valor equilibrado, reflexo de uma criação original (e muitas vezes exclusiva) destinada à apreciação de terceiros…afinal o gozo da criação é minha mas a finalidade é que seja apreciada por outras pessoas a ponto de estarem dispostas a pagar para que passe a ser sua…esta passagem de testemunho acaba por ser mais importante para mim que para o outro. O valor tende a reflectir este equilíbrio. Bom, pelo menos, essa é a minha ideia…


Depois desta descrição, quando olhar para os meus produtos, espero que consiga apreender o caminho percorrido até à materialização – perceba os materiais e as ferramentas que foram empregues até os ter na sua mão – fico grata por isso.