Historiar
Imagens começou em blog (este blog), fruto de olhares gravados em fotografia. Os meus
olhares, as minhas fotografias, tocadas pela emoção que fez delas imagens. As
imagens! Materialização de sensações, pedaços “roubados” de lugares mesmo aqui
ao lado ou de outros mais além…cidades, locais, caminhos, objectos, pormenores.
Uma imagem
transporta não só o que se vê mas o que nos levou até ela, a data, o motivo, a
companhia ou ausência dela… e, neste sentido, tem uma história. Rever fotografias
é viajar nas memórias, é contar histórias. Daí o nome
historiar imagens.
Os produtos
historiarimagens decorrem destas viagens, dos olhares, e também daquilo que os
olhares não viram! E, em Coimbra, cidade em que vivo e que vivo, não viram a auto-estima
nem a promoção/divulgação do seu conceito histórico-universitário.
Há cerca de
um ano atrás “vesti” a pele de turista e percorri as lojas da nossa cidade à
procura de produtos Coimbra. O pouco
estava desactualizado ou era pouco apelativo. Porquê este vazio numa cidade tão
facilmente identificável (quem não identifica a sua universidade, as suas
lendas, o seu contexto na nossa história…)?
Este vazio,
aliado a outras motivações, foi a base para dar início à criação dos produtos historiarimagens.
Propus-me
reinventar/inovar a oferta de produtos promocionais da cidade, não descurando a
tradição e tentar adaptá-los ao mercado existente que, em termos objectivos, se
reporta à população estudantil e ao turista (de passagem).
Um ano passado,
os produtos criados e dados a conhecer, conheci o outro lado da realidade. É um
facto, agora, já se vão vendo artigos novos, com design actual em que, de
alguma forma, o conceito Coimbra é tema …mas expostos duma forma envergonhada!
Dá-se destaque a uma panóplia de peças…são as que vendem (nem que seja a
cortiça chinesa)! Os lojistas (em regra) não querem Coimbra porque Coimbra não
vende! De Coimbra, os turistas levam recordações do resto do país e mesmo a
minoria que tem intenção de fazer diferente tem, por falta de oferta, que
partir sem uma lembrança de nós! É o que temos. Somos o Portugal em Festa!
Que nos
resta? Desistir? Não. As minorias também acontecem e um dia acontece o
encontro!
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