A poucos km de Coimbra. Penela. Uma localidade já por si só de uma beleza singular. Umas voltas de carro, uma placa que sinaliza um hotel. Novo. A descobrir. Duecitania. Recuperado a partir de uma antiga fábrica de papel. Mais umas voltas de carro e, por mero acaso, vemos, entre folhagem, o que parece ser uma casa grande...à medida que nos aproximamos apercebemo-nos que a casa não é só grande por ser maior que as outras, é grande no sentido da grandeza! Emociona. A casa, os anexos, as árvores, as terras...a historia...que desconhecemos mas que já apoderámos como nossa! É um apelo indescritível! Apesar do estado de degradação este lugar prende, provoca nostalgia relativamente a acontecimentos que não vivemos, tristeza por ver o abandono e saudade...saudade porque se antevê uma morte anunciada. Entramos e ficamos tocados, e chocados, por ver que o interior está ferido, não só pelo desgaste do tempo mas pelas infelizes intervenções de recuperação (!?). Este lugar sangra e, de nós, soltam-se emoções...Não é nosso, mas queremo-lo como se fora nosso. Dá-nos gana de lutar por ele...
Num curto espaço de tempo, e num espaço curto, temos um hotel novo (recuperado) e uma quinta "esquecida". Contrastes! Mas há mais. A distância curta temos uma outra obra nova. A A13, imponente!
Depois desta descoberta, temos voltado. É quase como se fosse nossa obrigação velar por ele. Percorremos todas as estradas à sua volta para o fotografar. Procuramos por gente que nos conte coisas, mas há por ali pouca gente, sabemos pouco, muito pouco e isso causa-nos alguma tristeza...
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